Arte Nova ou Art Nouveau: O que é?

Arte Nova, também conhecida como Art Nouveau, Modernismo, Modern Style ou Jugendstil, consoante o país onde esta se manifestou, foi o nome porque ficou conhecido o movimento artístico que surgiu na Europa nos finais do século XIX. Surgiu como uma forma de contestação ao carácter revivalista e académico das correntes tradicionais que dominavam a época. Difundido de uma forma muito célere pela Europa, teve um período de vida muito curto.

A principal fonte de inspiração da Arte Nova foi a natureza. Os elementos mais utilizados assumem formas de origem animal, vegetal e floral, com estes últimos assumindo um papel preponderante. Representados de uma forma estilizada e frequentemente dispostos ao longo de linhas sinuosas encontramos girassóis, lírios, papoilas, nenúfares, amores-perfeitos, folhas de palmeira, entre outros. Adicionalmente, a figura feminina e sensual também é um elemento recorrente no movimento. Para além destas influências, o movimento também foi buscar inspiração na arte japonesa.

A Arte Nova não se limitou a explorar novas formas e conceitos estéticos. No campo da arquitetura esta adoptou novos materiais como o aço, o betão, o vidro e a cerâmica. A ornamentação assumiu um papel de destaque nas fachadas, mas também nos interiores.

Em Portugal, a Arte Nova não teve o mesmo impacto que na Europa. Esta surgiu apenas a partir de 1905, prolongando-se até finais da segunda década do mesmo século. Apresenta uma forte componente eclética, com característica muito próprias.

A Arte Nova em Aveiro

Aveiro, no final do século XIX e início do XX registou um período de grande crescimento económico e cultural. Adicionalmente, o regresso de emigrantes abastados do Brasil e a ascensão de uma nova burguesia na cidade criaram um ambiente propício para o florescimento da Arte Nova. Contudo, a influência do movimento da Arte Nova na cidade foi marcada por uma certa simplicidade. Esta focou-se essencialmente nos elementos decorativos da fachada principal, contrastando com uma estrutura e decoração mais conservadora nos interiores.

Fruto das correntes locais mais diversificadas e apresentando elementos singulares, como é o caso do arco japonês, encontramos diversos edifícios emblemáticos deste movimento. Gradeamentos de ferro, molduras em portas e janelas, vitrais, são alguns dos elementos característicos do movimento, presente em muitos edifícios. Mas o elemento mais marcante é o uso de azulejos com motivos característicos deste movimento, nas fachadas.

Francisco Augusto da Silva Rocha é o arquitecto com maior número de edifícios de influência Arte Nova na cidade. Além dele, outros nomes se destacam no movimento em Aveiro, nomeadamente, Jaime Inácio dos Santos, José de Pinho, Carlos Mendes e Ernesto Korrodi.

Venha descobrir a cidade-museu da Arte Nova em Portugal e deixe-se transportar até à “Belle Époque”. 

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